
Sunday, August 20, 2006
Friday, August 11, 2006
Thursday, August 10, 2006
Tuesday, August 08, 2006
no monte a cantar para a lua
os amigos passaram o fds, "cada um" para o seu lado. ontem foi altura de matar saudades. calcamos as ruelas de cascais com um gelado de frutas na mão. jogamos conversa fora nos bancos da baía e regabufamos muito com aa especificidades, de algumas lojas da vila [manequins que tinham direito a cigarro na boca, telemovel na mão e bigode farto, lol].
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saí de cascais a pensar nos lençois, mas enganei-me redondamente. esses ainda teriam de esperar + 1/2 horas. ... a very loo pediu-me boleia até ao miradouro de colares... e [como bom amigo] eu fui. o baloo perante este convite, não decidiu ficar em casa e veio também.
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esperavam-nos bons momentos...
com noite escura na serra de sintra, a musica e o vinho deram luz e calor aquele lugar.
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acompanhados por alguns exemplares da família fernandes [4] e + 1 amigo italiano, dançamos samba, improvisamos, cantamos muito e bebemos para aquecer. uma surpresa no fim do dia. uma boa surpresa :)
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Ó entrudo ó entrudo
Ó entrudo chocalheiro
Que não deixas assentar
As mocinhas ao solheiro
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Que no monte é qu'eu estou bem
Que no monte é qu'eu estou bem [2 x's]
Estas casas são caiadas
Estas casas são caiadas
Quem seria a caiadeira
Quem seria a caiadeira
Foi o noivo mais a noiva
Foi o noivo mais a noiva
Com um ramo de laranjeira
Quem seria a caiadeira
Friday, August 04, 2006
história de verão
Uma abelha, dessas que dizem ser italianas, entrou pela janela, obstinou-se em escolher-me, poisa-me no ombro, descansa de seus trabalhos. Lisonjeado com aquela preferência, comecei a amá-la devagar, retendo a respiração, com receio de que não tardasse a dar pelo seu engano, que cedo viesse a descobrir que não era eu a haste de onde se avistavam as dunas. Mas o seu olhar tranquilizava, era calma ondulação do trigo. Agora só uma interrogação perturbava a minha alegria - comigo, como é que faria o seu mel? - Eugénio de Andrade
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Thursday, August 03, 2006
estórias de um Portugal conservado em águardente
O parque ficou sozinho e vazio. As altas copas das árvores formavam uma abóboda verde. Os troncos dos plátanos e das bétulas desenhavam na verdura as suas manchas brancas. Não se ouvia voz nem passo humano. As folhas caíam rodopiando devagar em largos círculos e pousavam quase sem ruído na macieza do chão. Aqui e além estalavam ramos secos. Aqui e além um pássaro cantava. Ervas trémulas dançavam à menor brisa. No ar pairava um perfume de maçã de Outono. S M B
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:: foi assim, numa abóboda de verde e lua, que ontem mergulhámos num portugal cristalizado, onde o século XVIII teima a perpétuar-se ::
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ontem entre jantares, cafés e pacotes de açúcar, conseguimos estar na apresentação do Bitcho Bravo, um livro de Ricardo Rodrigues, um conhecido da casa. uma noite passada no jardim da regaleira [na foto].
ontem entre jantares, cafés e pacotes de açúcar, conseguimos estar na apresentação do Bitcho Bravo, um livro de Ricardo Rodrigues, um conhecido da casa. uma noite passada no jardim da regaleira [na foto].
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Bitcho Bravo – editado pela D. Quixote, integrado na colecção :Cadernos de Reportagem: – é a primeira obra de Ricardo Rodrigues. Um livro que passa a fronteira de grande reportagem e ingressa num romance. Um uivo mau de um lobo que é bom?
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:: A maldição sente-se por toda a região do Barroso, no lado transmontano do Gerês. É, afinal, uma terra de esquecidos, onde o lobo ainda consegue resistir. Aqui, aprende-se desde a infância que o bitcho bravo tem poderes sobrenaturais e é amigo do diabo. Faz-se-lhe caça. Lobo peludo não pode por isso confiar em lobo calvo, o animal que se levanta em duas patas e mata tudo o que encontra pela frente. Mas todas as guerras têm os seus dissidentes e, neste caso, ele chama-se Chico dos Lobos. Esse que passa noites na serra a falar com as alcateias. ::
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:: A maldição sente-se por toda a região do Barroso, no lado transmontano do Gerês. É, afinal, uma terra de esquecidos, onde o lobo ainda consegue resistir. Aqui, aprende-se desde a infância que o bitcho bravo tem poderes sobrenaturais e é amigo do diabo. Faz-se-lhe caça. Lobo peludo não pode por isso confiar em lobo calvo, o animal que se levanta em duas patas e mata tudo o que encontra pela frente. Mas todas as guerras têm os seus dissidentes e, neste caso, ele chama-se Chico dos Lobos. Esse que passa noites na serra a falar com as alcateias. ::
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Tuesday, August 01, 2006

