Wednesday, May 31, 2006

:: Oh Marcaquito vamos mostrar as nossas cervejas para a fotografia.
:: Tá bem, tá bem, mostra tu que eu vou bebendo.
[in dé's blog]

Monday, May 29, 2006

passou-se o fim.d.semana e... continuo de "rastos"

passou-se 6ªfeira à noite, o sábado e o domingo... e só me apetece ir p'rá praia xonar ou então ficar na rede de baloiço a dormir. estou podre ou estou velho, ou então as duas coisas.

quase que desapareci no meio de 100 mil pessoas - marco tranforma-se em água e sal.
dançar das 18h até às 2h da manhã sob uns 33 graus, não é pêra-doce... o que me safava eram as escapadelas à pista molhada da 7up [enquanto danças várias gotas de águas escorrem por ti abaixo].

dormi umas horas q nem quero contar... e lá fui eu pra lisboa, o calor + 1a vez fazia das suas e eu longe da minha praia... a tarde foi boa e conversadora....
a noite foi melhor... musica boa e companhia excelente...depois morremos todos nos sofás laranja da casa maravilha.

o domingo foi passado de calções de banho desde das 11h até às 2h da manhã. praia grande ... petiscos ... e gelado na baía de cascais.

vive-se bem, mas dps na 2a feira de manhã o diz o chefe qd vê o engenheiro a dormir na secretária? [ o que vale é que eu durmo de olhos abertos, lol]

Thursday, May 25, 2006

nem bica nem jazz .... espiga p'ró buxo

[Hoje é feriado. É o da Espiga.]

hoje quinta-feira no concelho aqui ao lado - Mafra, é dia da Espiga, a última 5ª feira do mês de maio. os miudos e graúdos aproveitam para ficar na praia uns a descansar e outros a ressacar. os visitantes como eu vão ressacar para a secretária do trabalho, que é boniiito

ontem os mais novos [onde me incluo eu e toda a pandónia] ficaram-se pela Foz do Lizandro, passaram lá a noite nos bebes, levaram uns comes para disfarçar, falaram alto - uma tradição diária da ericeira. Isto é, montam as tendas na praia, ficam a noite toda junto à pista de dança, ou ao lado da moça do bar, que com + 1 sorrizo lhes dá + 1a cerveja, como idade lhes pesa!

daquelas festas saem sempre mitos e histórias lendárias. aliás, o parâmetro de todas as comparações -geralmente das bebedeiras - é sempre a noite da Espiga. há a escala de Ritcher e há a escala da Espiga. ontem apesar de ter ficado tonto e ter ficado com o maxilar anestesiado durante grande parte da noite, não houve grandes tonturas, só algumas...culpa do mar, como disse - isto de montar uma rave perto do mar é pior do que o cruzeiro da fanta, esta porra farta-se de abaaannaar.[apesar de tudo isto, para mim e para a maioria dos a.mar, a escala continua a ser a dos 35 ou 45º e a repassagem do ano; velhas palavras nos assombram "cardeal" "floresta" "shots à baloo"]

ontem viemos cedo, mas acredito que tenham havido ali amigos, que tenham batido aos pontos as nossas noites de loucura [o luís, como o moço estava lindo]
a eles e com muito juizo, um grande VIIVVAA.

Wednesday, May 24, 2006

na bica...logo


encontrar-te-ei eu, hoje na rua, quando descer até
à bica?
levo.t nas pedras do caminho e espero.m ver em ti
1 dia

[bicaense bar] [24' maio] [23h]

[andré de matos trio]
:: matos [guitarra]
:: cabaud [contrabaixo]
:: frazão [bateria]

Monday, May 22, 2006

aconteceu aqui!

aconteceu aqui... e por isso não seria necessário lisboa tornar-se Laramie, mas durante noites e tardes, isso aconteceu.
no [re]novo maria matos, chegou ontem ao fim, a interpretação de Laramie, uma peça de Moisés Kaufman

embalados pelo trinado de violas, em notas que despertam o pensamento, o omnipresente vento do wyomming contou a sua história e o crime que vira.

9 actores :: 50 personagens
histórias e vidas contadas, revelaram os seus medos, as suas convicções e os seus disfarçados ódios.

todos estavam lá... naquele palco preto,
todos os principais actuantes na vida de matthew sheppard, só faltava ele...
ou não... o fundo do palco era Laramie... as luzes e os brilhos da cidade, vistos da vedação onde matt tinha sido assassinado, talvez tenho sido + que coincidência.

espancado e "completamente coberto de sangue" - "é normal ver esta quantidade de sangue num corpo dum acidentado que tenha caído de um precipicio a 130 km/h, mas não de uma pessoa que tinha sido espancada"...
"os locais onde o corpo não apresentava vestigios de sangue, seriam onde parece que lágrimas escorreram" [testemunho da policia que socorreu matthew].
...
"tentei perceber, compreender, porque Deus me tinha escolhido...a mim para encontrar matt, porquê eu? pensei, pensei... ontem descobri a razão - Deus queria que matthew não morresse ali sozinho" [testemunho do jovem que encontrou matthew amarrado à vedação]

"o meu filho faria 22 anos, daqui a 2 meses, e nunca teve perfil de vencedor, sempre distraído. No entanto tentou vencer, no dia em que se assumiu e tentou ser feliz... o meu filho perdeu em outubro de 1998" [testemunho de pai de matthew].

ao passar por nós, vemos que a peça fica em cada um de nós e tal não pode acontecer de outra maneira...
passou e ficou em cada um dos actores, que se despidiram da peça, com o seu brilho nos olhos.

Friday, May 12, 2006

de maria matos a mm


m
a
r
i
a



m
a
t
o
s






[a reabertura]

um espaço que reabriu com uma nova cara e um novo entusiasmo. uma nova lufada de ar fresco nas noites de lisboa.

neste mês existem duas propostas que serão + que propostas, mas sim, presenças...


21' maio :: Laramie

Esta peça relata a morte brutal do jovem Matthew Shepard, na pequena cidade de Laramie, nos Estados Unidos, em Outubro de 1998. Shepard foi encontrado amarrado a uma vedação, depois de ter sido agredido violentamente por dois indivíduos por ser homossexual.


A morte do jovem por intolerância chocou o mundo e, em particular, a pequena cidade de Laramie. Na peça ouvem-se os testemunhos indignados da população, que os autores entrevistaram pouco tempo depois do sucedido. "Laramie" coloca ainda em questão os estereótipos criados pelos media.

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domingos :: jazz ao vivo

barbara Lagido voz
José Soares guitarra
Flapi saxofone e flauta
Nelson Cascais contrabaixo [este homem está em todas]
entrada livre




Thursday, May 11, 2006

bossa e outras bossas em jeito de jazz

nas horas corridas de um dia cansado
entra um pano escuro e aveludado
na noite . corpos compassados
mãos acariciam grandes globos de vermelho sangue
as bocas não sabem quando se abrir e fechar
quando falar . abruptamente silenciadas

uma voz cheia entra no palco afubando toda a sala
a cachopa que largou outras terras
veio a portugal se casar
a musica é vivida a voz e cordas
anos 30 e 40 intensificados numa luanda
que tem muito da irmã de caetano e
outro tanto da mãe de maria rita
pareço que estou noutro sitio
a ouvir antigos vinis

respeito ao compositor.notas ouvidas sem adulterações
modas presentes, bips electrónicos
todos na soleira da porta
aqui está-se noutro tempo
onde o corpo balanceia
porque a harmonia daquelas notas
rompe qualquer sentares de costas rectas
e chapinhares de palmas
a cachopa que enche toda a sala
faz nos parecer por vezes que canta sozinha
abafa o tão virtuoso norton antivírus
mas ela nada se acanha e exige a tua presença
... sabe que tu cantas tocas
... então tens que subir e fazer uma canja

nas outras somos nós que cantamos
ou que estalamos dedos

o concerto foi muito bom.
cantaram-se músicas de Noel Rosa [acho que é este o nome do compositor], algumas do repertório de carmen miranda, outras de jobim, djavan e caetano. As vozes fazem-nos sentir pequeninos e muito medíocres. A noite foi boa, com conversa e risadas.

Wednesday, May 03, 2006

eu sou um homem da cidade

Agarro a madrugada como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada, uma videira de esperança.

Tal qual o corpo da cidade que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade, de trabalhar nunca se cansa.

Vou pela rua desta lua que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua que desagua no Rossio.

Eu sou o homem da cidade que manhã cedo acorda e canta,
e,por amar a liberdade, com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada cresce na vela da canoa.

Nas minhas mãos a madrugada abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada que mal me quis, que me quer bem.