Friday, April 28, 2006

Thursday, April 27, 2006

um conto

ontem à noite antes de adormecer fixei os meus pensamentos nas duas estrelas do meu tecto [as retiradas dos óculos do xisco numa noite de carnaval] e lembrei-me de um conto infantil, um dos meus preferidos.
A pequena lebre cor de avelã, que ia deitar-se, agarrou-se firmemente às longas orelhas da grande lebre cor de avelã. Queria ter acerteza de que a grande lebre cor de avelã estava a ouvi-la “Adivinha quanto gosto de ti.”, disse ela. “Oh, não sei se sou capaz de adivinhar isso.”, ...estava tão ensonada que mal conseguia pensar. Então, olhou a grande noite escura por entre os arbustos. Nada poderia estar tão longe quanto o céu. “Gosto de ti até à Lua.”, disse, fechando os olhos. “Oh, isso é longe.”, disse a grande lebre cor de avelã. “Isso é mesmo muito longe.” A grande lebre cor de avelã deitou a pequena lebre cor de avelã na sua cama de folhas. Inclinou-se sobre ela e deu-lhe um beijo de boas-noites. Então, deitou-se bem perto e sussurrou com um sorriso “Gosto de ti até à lua… e de volta.”

Wednesday, April 26, 2006

gosto de dias assim
dias que se tornam de sol
por cada um de vocês estar aí

cada um mais especial que o outro
e cada um com a sua especificidade...

não consegui postar uma coisa em russo
mas dizia - gosto de vocês

Wednesday, April 19, 2006

a pedido de muitas familias
amanhã temos


filipe melo 3io

no HOT CLUBE

Tuesday, April 18, 2006

a inspiração começa a surgir, como uma porta que se abre
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Em janeiro de 2002, muito antes de pensar morar em Fontanelas, tive a oportunidade de entrevistar José Valentim Lourenço para o 1.º Fila – O Jornal de Todos os Espectáculos, uma publicação com a qual colaborava na altura. Reconheço que nem me lembrava bem das estradas que conduzem a estas aldeias de Sintra. Quando dei por mim, estava em cima do palco da União Recreativa e Desportiva de Fontanelas e Gouveia, com José Valentim Lourenço e Domingos Chiolas, cada um de nós sentado em sua cadeira. Preparava-se a reposição de Gaivotas em Terra e, durante toda a conversa, foram os cenários dessa revista que lá estiveram em pano de fundo. Uma ironia do destino que me trouxe a estas paragens e que, hoje, me permite pegar nas palavras de um dos homens que mais marcou estas duas aldeias. Se quiserem, chamem-lhe uma homenagem, ou antes, se preferirem, um gesto de carinho.
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Há quem diga que o teatro de revista é o parente mais pobre do género dramático, com as suas rábulas saloias, prenhes de uma cultura bem popular que não agrada a todos. Talvez seja esse o motivo por detrás do desinteresse dos espectadores que, na ultima década e ao contrário de outras antes, se eclipsaram do Parque Mayer. Neste contexto, o mais curioso é constatar que, durante cerca de 40 anos, o Grupo de Teatro de Fontanelas e Gouveia conseguiu a proeza de ter sempre casa cheia com as peças de teatro de revista que levou a cena. Um fenómeno de sucesso reconhecido pelas gentes da terra e da região, que em muito se deveu aos sessenta elementos que integravam o grupo e, claro, ao autor e encenador, José Valentim Lourenço.
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A tradição começou por altura do entrudo, há mais de 42 anos. «Antigamente era costume fazerem-se cegadas de rua, por altura do Carnaval, compostas por 6 ou 7 personagens, onde já eu escrevia os textos e o Chiolas representava. Depois, como começaram a cair em desuso, optei por começar a escrever um programa de variedades.» É então que, em 1964, o grupo de teatro sobe ao palco pela primeira vez. «No primeiro ano fizemos só uma representação, mais por brincadeira, para o pessoal da terra, mas depois, como no ano seguinte as pessoas das aldeias vizinhas também começaram a vir, decidimos aumentar o número de representações.»
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Uma carolice que cedo se transformou num caso sério no panorama nacional do teatro amador, com a produção de inúmeros espectáculos a assinalar a longa carreira do grupo. O ponto alto do reconhecimento público chega em 1976, quando apresentam em televisão a revista Que se passa Camarada?, no programa TV Palco, pela mão da actriz Amélia Rey Colaço, na época, residente em Fontanelas, e culmina na tournée que, na mesma altura, realizam pelas colectividades dos concelhos limítrofes. A partir de então, todos passam a deslocar-se a Fontanelas e Gouveia, por altura do carnaval, para assistir à qualidade de mais uma revista original e ao profissionalismo do desempenho dos actores.
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Ímpeto Criativo
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Na base de cada espectáculo esteve, desde sempre, o ânimo e a dedicação de José Valentim Lourenço. Nem mesmo a actividade profissional que exerceu durante anos, como proprietário de um talho, o impediu de escrever as peças onde, mais tarde, os seus familiares, vizinhos, amigos e até ele próprio brilhavam, ao dar vida a outras personagens. O gosto pela escrita, herdado do avô, aliado à paixão pela revista que, por diversas vezes, o levava ao Parque Mayer, foi determinante para começar a compor versos que adaptava às canções populares mais conhecidas.
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Nunca teve uma fórmula fixa para criar os textos que encenava. Simplesmente se mentalizava para escrever, nunca à noite e sem se disciplinar a escrever uma cena por mês, sempre que trabalhava numa peça especifica. «A inspiração começa a surgir, como uma porta que se abre», afirmou. A cada nova revista, José Valentim Lourenço explorava temas diferentes mas que, de uma forma ou outra, teciam sempre uma paródia à realidade nacional e se relacionavam com elementos característicos à região, como o mar e a serra. No fundo, cedo se percebeu que, para conseguir risos na plateia, apenas bastava, «normalmente, pegar no dia-a-dia e transformá-lo em comédia».
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Depois do processo criativo individual, quando os textos – muitas vezes já escritos a pensar no potencial de cada actor que tão bem conhecia – estavam prontos, chegava a fase de encenar em grupo e escolher as músicas para compor as rábulas. Esse era um processo que, todos os anos, obedecia ao mesmo rigor. Iniciava sempre «o ensaio um mês antes do espectáculo», com uma periodicidade diária, entre as 21 horas e a uma da manhã, embora o horário fosse flexível consoante a profissão de cada elemento do grupo. Uma forma encontrada para que «assim, ninguém tenha tempo para se esquecer daquilo que aprende». E a verdade é que, apesar do ritmo intenso, o encenador jamais teve razão de queixa. « A malta entrou para o grupo e continuou, porque ganhou amor. Eu nunca tive dificuldade em arranjar actores.»
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Espirito Comunitário
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O dado mais curioso que marcou a história única do Grupo de Teatro de Fontanelas e Gouveia e, claro, do seu grande impulsionador, José Valentim Lourenço, foi o espirito de generosidade que lhe esteve sempre subjacente. Ao contrário de outros grupos amadores, além de nunca terem recebido apoio monetário para levarem a cena cada revista, ainda foram as próprias receitas dos seus espectáculos que serviram para colmatar algumas lacunas existentes na comunidade local.
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Sempre que uma nova revista começava, o dinheiro já tinha um destino específico. Para que conste, foram eles que trabalharam, durante muitos anos, para a capela de Fontanelas, que conseguiram, com os fundos do teatro, construir de raiz a capela de Gouveia, assim como o palco da colectividade de Fontanelas e Gouveia, por onde já passaram tantos talentos. Nos últimos anos, as recitas já estavam a ser destinadas à construção do centro de dia, por agora, ainda inexistente.
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E isto que não signifique que montar um espectáculo de teatro deste género seja pouco dispendioso. Basta fazer contas aos custos de produção e pensar, por exemplo, na criação de figurinos ou dos cenários. Mas José Valentim Lourenço estava consciente da qualidade do grupo que encenava. Afirmou: «Se não tivéssemos uma garantia de público nos espectáculos, não nos permitiríamos a uma despesa destas.» Do mesmo modo que trabalhou, com simplicidade e com aquele brilhozinho nos olhos, para que cada espectador daqui saísse mais satisfeito e para que, os que cá moram, se possam regozijar com a sua aldeia, «apesar de pequenita».

Sunday, April 16, 2006

vinil - a saga continua...

consegui arranjar espaço no porta moedas
para adquirir + dois vinis

tenho de vos dizer q não se passou nada apenas tive que trabalhar muito e depois as unicas q coisas q dava pa postar por falta de tempo eram musicas mas agora já tenho + tempo e vou voltar a carga

Thursday, April 06, 2006

é este o mínimo que eu posso fazer?

When the rain comes it seems that everyone has gone away
When the night falls you wonder if you shouldn't find someplace

To run and hide
Escape the pain
But hiding's such a lonely thing to do

I can't stop the rain
From falling down on you again
I can't stop the rain
But I will hold you 'til it goes away

When the rain comes you blame it on the things that you have done
When the storm fades you know that rain must fallon everyone

Rest awhile
it'll be alright
No one loves you like I do

When the rain comes I will hold you

third day

Wednesday, April 05, 2006

chamaram.me kim novato, acham graça?

Esta é uma história que todos passamos
Uma história que, temos que recordar
Quem não conhece a do Kim Novato
Aquele que andava sempre no ar

Não desistas porque tens de melhorar
O escuta não se faz num dia
Continua sempre a lutar
Porque hás-de lá chegar

Ainda há tempos foram acampar
Chegando ao campo com grande alegria
E vai o Kim começa a tropeçar
Descobre assim que existem espias
Nas construções era um fracasso
Fazendo nós com as voltas frouxas
Nas fogueiras era um embaraço
Passando por todos com trouxa

No fim da história o Kim vai mudar
Fazendo assim a sua promessa
Mas continua sempre a lutar
Porque hás-de lá chegar