história de verão
Uma abelha, dessas que dizem ser italianas, entrou pela janela, obstinou-se em escolher-me, poisa-me no ombro, descansa de seus trabalhos. Lisonjeado com aquela preferência, comecei a amá-la devagar, retendo a respiração, com receio de que não tardasse a dar pelo seu engano, que cedo viesse a descobrir que não era eu a haste de onde se avistavam as dunas. Mas o seu olhar tranquilizava, era calma ondulação do trigo. Agora só uma interrogação perturbava a minha alegria - comigo, como é que faria o seu mel? - Eugénio de Andrade
.
pensei e pensei... pensei se tinha ou não sentido colocar este texto aqui
lembrei-me de uma coisa que a vera disse: qq dia terás de voltar ao teu blog [noutras palavras, claro]
a [minha] história de verão - foi um dos primeiros textos que li, neste verão, nesta nova estação.
ao lê-la várias vezes me fiz escolhido e, outras tantas, abelha.
demasiada sabedoria num retrato tão simples.
ao brinde de ontem: construir esta felicidade.
Claro, noutras palavras... Cá estás de volta a partilhar o que de bom te vai acontecendo e as coisas que fazem sentir =)
Fiquei com vontade de ler a história toda... confesso que li, voltei a ler e li novamente e de todas as vezes não me consegui decidir se era abelha ou escolhida... tudo muda e com uma rapidez tal que os sentimentos tanto nos fazem abelhas como escolhidos. Acho que somos um pouco dos dois...
e volto a brindar =)
e só nos resta ser o melhor que conseguirmos de cada um... aproveitar cada segundo e saborear tudo ao máximo!
"e eu estou aqui!" ***