Friday, March 31, 2006

i'm my angel arms

waiting on an angel
one to carry me home
hope you come to see me soon
cause i don't want to go alone
i don't want to go alone

and i'm waiting on an angel
and i know it won't be long
to find myself a resting place
in my angel's arms
in my angel's arms

so speak kind to a stranger
cause you'll never know it
just might be an angel
come knockin' at your door
knockin' at your door
and i'm waiting on an angel

Monday, March 27, 2006

vamos?

festa do jazz no são luís

em baixo está a programação da festa. mas posso lembrar que podemos ver sábado e domingo os combos das escolas de jazz à borlix, desde que entremos entre as 14 e as 18h.
À noite já se paga...
6ª feira - sassetti e outros
sábado - joana rios e outros
domingo - paula oliveira e outros

se quisermos ir apenas a 1a noite pagamos 15€
se formos a duas noites pagamos 25€
e se quisermos ir a todas pagamos 30€

eu quero ir ver todos, mas tenho preferência no sassetti
e na joana rios. alguém vem?

é já no fim desta semana

Thursday, March 23, 2006

de novo ao ataque


tem de ser
o dia está chuvoso e
só me apetece ir pa casa
aninhar-me na manta de xadrezes...
...mas não posso morrer na praia

vou pôr a mochila às costas
e invadir a sala de projecções
pegar no que é necessário
e atacar pretas e brancas

desde terça que não toco no piano
haja vergonha na cara
piano no palco de ensaios
e pelo menos 2 horas de escalas e leitura.

em intervalos constantes de 30 minutos
ao som de um :: dois
um dois três quatro
cinco minutos de jazz
viro as páginas dum livro que em mim
é cada vez + realidade e - sonho.

Tuesday, March 21, 2006

spring

Faith pours from your walls, drowning your calls
I’ve tried to hear, you’re not near


Remembering when I saw your face
Shining my way, pure timing
Now I’ve fallen in deep, slow silent sleep
It’s killing me, I’m dying

To put a bit of sunshine in your life
Soliel all over you, warm sun pours over me
Soliel all over you
Warm sun

Now this slick fallen rift came like a gift
Your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we’re here, and greave for me, not history
But now
I’m dry of thoughts, wait for the rain
Then it’s replaced, sun setting
And suddenly we’re in love with everything
Soliel all over you, warm sun pours over me
Soliel all over you
Warm sun


pau de canela

ontem para compensar a ana, da minha falta de domingo, fui buscá-la para irmos lanchar.
a nós, e muito bem, juntou-se a vera. peguei nas míudas e com alguma pressa lás nos dirigimos para a beloura, mais concretamente, para o pau de canela, junto ao lago da beloura.

chás ananás + côco : jasmim e menta
remate : um scone de maçã e canela.
e muita conversa. temas que surgem nas muitas vezes em que estamos juntos, mas não com a profundidade ou vontade que surgiram ontem. depois de muito mandar cá para fora, podemos voltar a conversar e a sonhar. + ideias malucas e quiçá, hipótese de passar férias em "familia".

falámos em férias e na minha vontade de ir a tz e de querer fazer dos meus 26 dias anuais, 60 no mínimo.~
é a primeira vez que marco férias e nunca me tinha sentido limitado por dias de férias, ter de escolher uma potencial viagem da fanta, uma na pasagem de ano, outra no verão e ainda outra na páscoa, fez com que tivesse de comprimir tudo ou quase tudo no verão, vamos ver como vai ficar.

é preciso marcar férias e sei que há 3 sitios que vou neste verão ::
ilha do farol - noites dormidas nas dunas são coisas que não irei esquecer e acordar com um banho no mar
+ barcelona - cidade de sonho e de muito habbana club
+ taizé - nunca fui lá - não dá para acreditar, né?

[e com muito gosto iría para a pampilhosa da serra]

espero que as pessoas de ontem, tenham recebido o meu mail informativo. aqui vai + 1a informação o mês de agosto tem 5 semanas e não 4 como estávamos a ver.

começou a chover... 19:55 e a conversa teve de terminar as miudas tinham actividades nocturnas :)

vera espero que o mail seja algo de jeito, sei que foi feito em cima do joelho, mas...
já dá para ter uma ideia, não?

[se eu estiver verdadeiramente animado e entusiasmado, só assim poderei dar o ânimo que está em mim]

Friday, March 17, 2006

1a noite no maxime

Gira, rodopia faz o teu tempo parar
E deixa-me entrar no teu espaço
A tua caixa de segredos.
Bem-vindos ao casino royal

antigos vinis forram as paredes do corredor
perdidos ficamos com as figuras, nessas capas,
de discos já gastas de tanto tocadas
numa juventude passada.

Tudo me é estranho e não normal
Caí na toca do coelho e de repente
A alice acorda-me em mil nove e trinta e nove
Abro os meus olhos

Estou num espaço escuro, onde o preto
do tecto e do soalho são apagados
pela pesada cortina de veludo vermelho
e pelas lamparinas de luz encarnada.
Um turbilhão de pequenos sóis que
Sem medo incendeiam as palmeiras
De espelhos que ladeiam as paredes
da sala principal.

Um grande piano preto e um
Obeso contrabaixo jazem sozinhos
No degrau do soalho – o palco

Todo o ambiente me faz sentir um intruso,
um cliente pouco desejado.
mas as pessoas enchem as mesas
a musica começa e a melodia
faz-me adaptar aquela realidade.
Os amigos e as conversas afastam pensamentos
e gestos de cansaço.

a musica continua, tocada por 3 miúdos
que nela pegam como um rajá de nata
durante um dia de sol, sorvendo-o bem devagar
para prolongar a sua doçura em si.
a música surge devagar e em movimentos
oscilatórios cresce, acelera, desce, acalma.
ela pega no tempo e comanda a noite.

O tempo passa. músicas e sons de outros estilos
são conduzidos ao jazz pelos martelos de melo
as cordas do santos e o “barrigas” do moreira.
Tocam para todos nós numa grande noite de familia.

Conversas, desenhos perdem-se nas horas e
O cansaço vai se apoderando de cada um de nós
A irmandade está cansada e o relógio já passa das 2h
Saímos e vamos para casa porque
amanhã é dia de trabalho


[a noite foi boa, mas n percebo pq é q o texto saíu tão taciturno e cinzento, deve ser do sono e da chuva. eperem pelo o post dos amigos q esse tem de ficar melhor]

Thursday, March 16, 2006

uma tarde na linha d' água

o sol espreitou de manhã
e brilhou na pele, fê-la feliz
beijada ao acordar.
mas tive de lhe negar o desejo
e a vontade de se espraiar
embrulhei-me em roupas e panos
conservadores o suficiente para mostrar
alguma seriedade e competência de mente
mas apesar de tanto ritual o sol beija-me de novo
tento mostrar-lhe a razão e ele repete-me
questions of science don’t speak louder than my heart

não consigo dizer que não.
a roupa vai saindo e o inverno vai
deixando as entranhas e o coração.
já não me sinto azul sinto-me laranja
rendo-me ao verão e saio.

o telemóvel acorda-me para a realidade
já passa das 15 horas ...
saio de casa a correr
3 sorrisos também beijados pelo calor
aguardam-me no carro.
nelas o corpo rendeu-se à vontade do astro maior
e a pele revela-se de novo ao mundo
como acordada depois de um longo dormir

sigo feliz contente para uma tarde ao sol
vozes doces alegram a tarde
sentamo-nos na linha d’água
à beira de um espelho de água e sal - mar.
tanto verde e tanta calma - não parece lisboa.

gente bonita corre em espirais de gravilha
e pequenos duos de mão entrelaçadas
passeia pelo parque – e perdem-se na relva
um cão enfrenta as águas do lago
refresca os pelos na temperatura do líquido e fá-la brilhar.
noutro lado rapidamente uma criança
chama pela mãe - a sua grande esfera de borracha
toma uma trajectória para a grande poça
e ela perde-se entre a fronteira dos dois elementos.

as horas passam e entre imagens de doces lembranças e
outros sons – tosta com queijo não temos, só tôrada...

o tempo é doce e bom mas passa devagar como a marcar
cada pedaço da minha pele, para me recordar dele.

uma tarde que antecedeu uma noite de paz e música.

meu coração
não se cansa
de ter esperança
de um dia ser tudo
o que quer

meu coração
de criança
não é só a lembrança
de um vulto feliz
de mulher
que passou por
meus sonhos
sem dizer adeus e
fez dos olhos
meus um chorar
mais sem fim

meu coração
vagabundo
quer guardar
o mundo em mim



ah, comandante, quanto tarda ainda
a partida do transatlântico?
faz tocar a banda de bordo -
músicas alegres, banais, humanas, como a vida –
faz partir, que eu quero partir...

[álvaro de campos]

Wednesday, March 15, 2006





depois de tempos entre formações, concertos e aulas, voltei para vos dizer o que ando a tramar. nesta semana temos a 5ª feira e o sábado reservados a noites de tunes e moods.

5ª feira :: cabaret maxime__________sábado :: onda jazz
________filipe melo trio____________________nelson cascais 5teto


31 de março :: 1 e 2 de abril :: Teatro São Luís

1dia - 15 euros :: 2dias - 25 euros :: 3dias - 30 euros
entrada livre das 14 às 18 horas

31 de março
21h30 :: Bernardo Sassetti : Ascent Trio2
23h00 :: Ensemble Festa do Jazz
c / 5 obras inéditas encomendadas a compositores portugueses : pinto correia : cascais : laginha : pimentel : pais

1 de abril

19h00 :: Joana Rios
21h30 :: TGB trio
23h00 :: 6teto de Mário Franco c/ David Binney

2 de abril

19h00 :: Paula Oliveira e Bernardo Moreira :: Lisboa que Adormece
21h30 :: Laurent Filipe "A Luz"

23h00 :: Estardalhaço Brass Band

[no âmbito da festa do jazz haverá também a habitual feira do disco]

Wednesday, March 08, 2006

este sim, parte a loiça toda!

Nelson cascais lançou o seu ultimo álbum - nine stories.Podemos ler uma critica ao seu último álbum - nine stories - do www.allaboutjazz.com

The 32-year-old leader Cascais reveals himself, in this record, as a composer to be reckoned with here, penning all of the session‘s originals. The hypnotic “De Manhã Começa o Dia” breathes as it seemingly slows and speeds, encompassing the listener in a swirling, yet soothing embrace. And yes, its Chandler’s Rhodes that’s most responsible for the harmonic cushion, the plush pillow that’s engulfing your head through your earphones. But the cascading sax and guitar melody, with Cascais placing his simple three-note bass line at perfect intervals, is what draws you in. Pedro Moreira’s fat-toned tenor solo touches on adventurous harmonic ground, proficiently and playfully skirting territory that might detract from the vibe, while 29-year-old guitaristAndré Fernades's warm lines navigate the changes with equally ear-grabbing, yet airier flair.

“Tin Hau” features Chandler’s piano and Bruno Pedroso’s drum kit fluttering the harmony, with Cascais’ looping bass tethering the band to earth while Moreira’s soprano doubles itself to state the arching melody. Fernandes’ extended guitar feature somehow incorporates an aggressive pitch-bending glissando device—an effect usually incorporated into rock or the avant garde—while getting consonant, pitch-perfect, if you will, results. Something totally different, but after hearing it, simply irreplaceable in context. Chandler then recontextualizes the remainder of the tune in pastoral neo-classical mode before it comes together, restating the spiraling head on the ride out.

The non-originals pieces include two incredible covers of modern-day giants of epic melancholia, Radiohead's “Knives Out” and Elliot Smith's “Waltz#1.” Both could handily crack the Billboard pop chart with a few ounces of promotion. After listening to Morera’s saxophone invoke Thom Yorke’s emotive tenor and his passionate dance with Fernandes’ guitar in the solo section, point your ears towards Chandler. Marvel at the atmospherics conjured by his organ and the sounds enticed out of it—coupled by the way he plays, it seems, simultaneously in duo with every instrument.

temas que recomendo "de manhã começa o dia" :: "tin hau" :: "knives out" [radiohead]

aprendendo a partir a loiça toda



















Ontem foi o 1º dia do curso de iniciação de piano. dei ouvidos a amigos meus, ao director da escola e à nossa "velhinha" maestrina e inscrevi-me também em canto. Não vou ter aulas de canto como tenho as de piano, mas vou ter formação de voz nos ateliers de improvisação de canto [acho que era msm impossível pôr completamente de parte o canto].

Em relação ao sax, a minha mãe goza comigo e diz que vá para a fanfarra dos Bombeiros V. de Sintra aprender, pois assim não tenho de pagar e tenho sp algumas bases - é que aprender 3 instrumentos para além de ser abusivo, é muito muito caro. E eu digo: claro que sim xora dona lucia!

Ontem o meu prof de piano, que infelizmente não é o maurílio, não pôde ir, o que fez com que só tivesse ritmos e novas técnicas. Para quem não sabe ritmos e novas técnicas é uma cadeira que tem como objectivo ensinar-nos perceber e a aprender a criar com os tempos das composições musicais, a melhorar a coordenação motora e blá blá blá.

Como podem ver estou nos meus 15 minutos diários de treino. Ando aqui com as baquetas a tentar soar uma nota com a mão esquerda e a seguinte nota, com a direita. Isto ao mesmo tempo, que leio a pauta e bato os pés ao som do beep do metrónomo. Acho que isto até nem está a correr muito mal, mas tb o metrónomo está super lento [a 82 bmp] e só me aparecem seminimas pela frente isto num compasso 4/4.

A minha maior dificuldade e acho que é bastante estupida foi quando apareceu as minimas - Como faço soar o som de uma minima?

Percebamos que em canto a minima é uma nota mantida durante o dobro do tempo de uma seminima. Mas em bateria como faço isto: não dá para manter a nota, bato duas seminimas? estou à nora. [o mike vai msm ter de me dar 1a ajuda]

De resto foi tudo muito fixe, percebi que na escola está muito inerente o espírito de grupo.
Ontem entrei eu e outro gajo então já combinámos ir ensaiar lá pá escola, o ppl que está lá à mais tempo, disse que ia tb para praticar connosco.

amicini como podem ver estou mto entusiasmado com o curso. estou é sem algum tempo para ir ao ginásio. Amanhã quem é que faz o programa cultural? sa emana fui eu q vos levei ao hot, na outra tb ao onda jazz. amanhã vamos ao catacumbas bar no bairro? é verdade, não se esqueçam de dia 16 - maxime com fm trio.

a todos os amigos abraços e a todas as amigas por hj ser o vosso dia mtos beijos e regabifisses [q vcs gostam mto]
a ouvir :
what are you doing the rest of your life?north and south and east and west of your lifei have only one request of your lifethat you spend it all with me [by laura fygi, foi esta musica q me pôs no canto]

Tuesday, March 07, 2006

um :: 1

salto

no

e s
c u
r o



entro tarde mas entro. ninguém me chateia +
já está feito
4 anos a pensar, a desejar : fugir do ser iletrado.
confundir-se em mim um a.b.c num la.si.dó

decisão rápida - dizem eles!
em 4 anos nas frechas de medos e inseguranças
cresceu oculto esta vontade, e hoje ruío nesse muro um buraco - eu saltei.

hoje pareço diferente
olho para mim e vejo-me: 1 misto de ansiedade e receio.
uma criança no seu 1ºdia de aulas - é isso msm na realidade
tantas expectativas e tantos receios - o que não dê valor e o esforço suficiente e persistente
que estas disciplinas merecem.

sx . pn . voz . sx . pn .voz - ontem sorte-ei o destino em folhas de papel
saíu-me pn, mas msm assim recusei. queria sx.
tive de pensar, e só passado 2 horas de falar com o professor, é que me decidi.
até junho:
iniciação de piano jazz + ritmos e novas técnicas + atelier de improvisação de canto

dps em setembro:
instrumento + formação musical +ritmos e novas técnicas + combo + atelier de improvisação

catching your dreams

Wednesday, March 01, 2006

filipe melo
@ piano


programas de jazz a não perder

2 :: 3 :: 4 de março às 23h
Hot Clube de Portugal [eu quero ir]
Quinteto de Luís Cunha - Filipe [piano]

16 março às 23h
Máxime Club [eu vou]
filipe melo trio

18 março às 22h
auditório de torres vedras
filipe melo trio

:: aqui ficam palavras do melo quando lançou o seu cd ::

É com grande alegria e orgulho que venho hoje anunciar o meu primeiro CD como líder: DEBUT.

É o disco de estreia do trio que surgiu em 2003, no Festival de Jazz da Alta Estremadura, e que desde então tem vindo a dedicar o seu trabalho a criar um repertório de Standards arranjados como se fosse uma mini "Big Band", ou um grupo de música de câmara.

Gravado em 2005, é uma espécie de tributo aos músicos que me influenciaram, que me fizeram apaixonar por este género de música, e, acima de tudo, é o testemunho de uma fase muito importante da minha vida, a da constitução e registo do meu primeiro grupo.

Este disco é o reflexo exacto do que sentia, do ponto de vista musical e humano, na fase em que foi gravado.

Nunca poderei exprimir a profunda gratidão e amizade que tenho pelo Bruno e pelo Bernardo, pela forma como eles contribuiram para o meu desenvolvimento criativo e musical.

Espero que toquemos muito mais anos juntos, e que partilhemos muitas mais aventuras.
[o blog do f.melo, da inês.l e da margarida.c :: www.piano-jazz.blogspot.com ]













::

mudei de quarto

afaguei o cedro do chão e três vezes o envernizei
10 dias tive de esperar até obter a cor desejada
retirado o mogno das paredes e da cama
reduzi o quarto a uma caixa de bétula
com azul : livros : creme e jazz

flyers de chats noires e afins coabitam com circulos
de k-line envoltos em papel musica jazz.

os vidros da janela ficarm despidos para a luz jorrar
pelas paredes : livros : tecidos : madeiras

o quarto mudou
as coordenadas continuam as mesmas.

BRUNO SANTOS
BERNARDO MOREIRA
FELIPE MELO TRIO
DEBUT
apresento-vos o ultimo incentivo a um despolotar da qualidade do jazz português e, também, a minha ultima aquisição. foi uma escolha árdua que fez com que deixasse na prateleira da fnac, o the sorcers - miles davis, em vinyl de edição limitada de 180 gram. mas o jazz português merece e este album é verdadeiramente bom. deixo-vos com palavras de Pedro Moreira.

The portuguese jazz scene has experienced na unprecedented high level of activity as of late. Both the number of musicians and the quality of their music has substantially risen, and jazz recordings have been reflecting that evolution. On of the most amazing aspects of the portuguese market, which is still small, but ever expanding, is variety of projects that are currently being worked on.

DEBUT appears in this context. Filipe Melo has chosen Bruno Santos and Bernardo Moreira to join him on tdis date. The group's formation has a very specific setting: piano, guitar and double bass: a choice that creates the mood of a chamber music ensemble. The drumless trio is the ultimate tes for a group of this kind. By chosing two well-known musicians from the Portuguese jazz scene, Filipe Melo has put together a group with a strong personality. In fact, each of these three musicans leads his own projects. These musicians have also recorded their own albums.

The repertoire is varied and attractive: Standards, Stevie Wonder, Clare Ficher, Bud Powell, Wes Montgomery, Quincy Jones, George Gershwin, and an original blues by the pianist. Without any prejudice, Filipe Melo, who is one of the few to master the references of that style, takes over the jazz universe that he loves. Yet, he displays a very distinctive personal mark in his phrasing, in the arrangements he writes, and in the group's own sound.

A group's musicial personality should not be imposed by exterior considerations; it should simply correspond to a genuine expressive impulse. So it is very important to have a great deal of conviction in order to sound musical and genuine. That is precisely the case with Filipe Melo. The many references to these kins of groups do not frighten him. DEBUT is not the expression of a certain style, but of a pure and simple joy in music.

Although this record is a début, it displays maturity, because it is concise, because of his control of dynamics and because of the clarity of the phrasing. In this context, the arrangements assume a crucial role. The overall quality of the performance relies on the freshness of the arrangements, thereby escaping predictable solutions such as theme-solos-theme.

This CD has many qualities: the expression and good taste of the reharmonizations, the quality of the voicings, and a very secure time feel. Some specific examples, the accuracy of the kicks, the excelent guitar-piano unison and a finely-set tempo in "Debut": the drive of the rythmic section, the arrangement and the solo chorus of stride in "I Got Rhytm"; the mood and the bass solo in "Isn't She Lovely"; "Pensativa", the perfect vehicle for the lyricism and phrasing of Bruno Santos; the presence of Bud Powell in "Strictly Confidential"; the tribute to Wes in "Jingles"; "That Old Feeling" played well at a very challenging tempo - and the pauses in the coda, the groove of "sweet Georgia Brown", and the tribute to Monk by quoting "Bright Mississippi";the bluesy solos in " Jessica's Day", and finally, "Memories of You", a beautiful and introspective solo piano piece, displaying a comfortable and well-settled tempo.
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The listener is now free to discover other great moments on this DEBUT. This album is a genuine starting point, because many others will certainly follow it. We will be expecting them.
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by João Moreira Santos
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Filipe Melo, pianista da mais jovem geração de talentos que a escola de Jazz do Hot Club de Portugal produziu, lançou recentemente o seu primeiro disco: Debut.Em nosso entender há várias razões que justificam a audição deste disco e nenhuma delas, ou pelo menos nenhuma das mais importantes, é a amizade e apreço que temos por Melo.
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1.ª - O conjunto em si
Filipe Melo lidera hoje aquela que podemos considerar uma das melhores secções rítmicas do jazz nacional, com Bruno Santos (guitarra) e Bernardo Moreira (contrabaixo). A coesão, competência e profissionalismo deste combo é bem evidente em Debut.A solidez deste projecto prova de resto, e bem, o quanto compensa estudar e viver para música, mais até do que viver da música. É o caso de cada um dos membros deste trio, aliás requisitado para acompanhar outros intérpretes, como por exemplo a cantora Marta Hugon [eu tb já tenho:)].
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2.ª - O swing
Não é fácil encontrar entre nós outro combo que tenha raízes tão profundas no jazz (mesmo que seja no mainstream) e produza tamanho swing. Melo, Santos e Moreira são uma autêntica fábrica deste produto em vias de extinção a que chamamos swing.Ouça-se, por exemplo, "Jingles" ou "I Got Rhythm", esta última porventura a melhor versão que já ouvimos por um combo nacional. A Guitarra de Bruno Santos é uma verdadeira locomotiva que, com a energia do contrabaixo de Bernardo Moreira, impulsiona uma interpretação assaz interessante e ritmada. Ouça-se a progressão narrativa do piano de Filipe Melo. Está lá tudo o que é preciso por ora.
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É certo que o grupo navega para já no mainstream, é verdade, mas antes ser bom marinheiro nesta corrente e proporcionar prazer auditivo aos ouvintes do que ser mais um pretenso inovador que veleja sem rumo certo.Tudo a seu tempo até porque antes de inovar é preciso primeiro aprender e absorver o que se fez para trás. O caminho faz-se caminhando...
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3.º - Honestidade intelectual, musical e artística
Quem conhece Filipe Melo e os seus companheiros de combo sabe bem que o seu compromisso com a música e com o jazz em particular é um compromisso integral, que não cede a facilitismos. Até chegar a Debut cada um destes três músicos estudou, tocou muito e deu o melhor de si, razão pela qual agora tudo soa tão bem. De facto, este trio é como que um carro já bem experimentado e que sai de fábrica com a rodagem já feita, pronto a proporcionar viagens de puro prazer.
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4.ª - O piano de Filipe Melo
Há quem o considere muito próximo de Oscar Peterson, mas isso, ainda que não seja integralmente verdadeiro, só pode constituir uma mais valia para Filipe Melo e para o jazz made in Portugal. Com efeito, quantos anos esperámos todos por ter um pianista português que tocasse a este nível? Anos e anos...Estamos neste momento numa das mais ricas fases do jazz português, com vários músicos a representar várias escolas e géneros. Filipe Melo começou por onde se deve começar e por onde, aliás, começaram todos os grandes nomes do jazz: pela tradição e pelos standards.
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O seu projecto está para já alicerçado no mainstream, facto que não o diminui, pois tocar mainstream bem é coisa que em Portugal não é propriamente corrente. Por outro lado, o próprio título do CD, Debut, deixa bem claro que estes são os primeiros passos. Não se pode, pois, julgar a carreira futura de Filipe Melo por este disco nem pretender que ela será sempre feita no mainstream.
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Tal seria desconhecer o processo através do qual se fez a inovação no jazz. John Coltrane, por exemplo, percorreu muitos passos até chegar à iluminação e originalidade dos seus próprios projectos. E como ele muitos e muitos músicos.
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Aliás, na Escola de Jazz do Hot Club costumava dantes dizer-se: "Se queres um dia tocar como Coltrane ouve primeiro Coleman Hawkins". Ray Charles no início cantava como Nat King Cole e depois veja-se o que foi a sua carreira e o que ele trouxe de novo à música...Não condenemos, pois, em vão um músico que segue o seu caminho, que começa por apreender as bases do jazz.Com efeito, pretender que um novo jazzman seja logo um génio e tenha uma voz diferente é claramente irrealista e utópico.
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Ainda no ano passado entrevistámos Kenny Garrett que a este propósito dizia:
- Pensa que uma evolução ainda é possível no jazz ou estamos no fim do processo?
- Não sou a pessoa mais indicada para responder a essa pergunta mas espero que algo aconteça rapidamente para que os jornalistas deixem de me fazer essa pergunta! (risos)
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O ponto importante é que se alguma coisa acontecer as pessoas não vão dar por isso porque as pessoas estão à espera de algo drástico.
Provavelmente apenas vamos ter pessoas a fazer pequenas coisas e no fim teremos o quadro completo.
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5.º - A selecção dos temas
Filipe Melo escolheu para o seu primeiro registo um conjunto interessante e variado de temas clássicos do jazz, os quais garantem não só prazer auditivo pela identificação, como funcionam também como um desafio aos próprios músicos, tendo sido feito um claro investimento nos respectivos arranjos.
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CODA
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Depois de termos ouvido este Debut vezes sem conta, com enorme prazer auditivo, estamos em condições de afirmar sem qualquer dúvida que este é um dos melhores discos de jazz produzidos entre nós.
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Entendamos por jazz a designação que cobre o jazz clássico, com swing e baseado em standards; não o free jazz, a fusão com a música portuguesa ou africana ou ainda experimentalismos de outra natureza, os quais têm também o seu lugar neste imenso campo que é a música, e o jazz em particular, mas não servem naturalmente como balizas para avaliar Debut, pois não é aí que ele pretende inserir-se.