Tuesday, January 10, 2006

garota

fim de tarde do verão de 1963

o sol ainda batia forte em ipanema
antónio e vinicius passavam as horas no Veloso
bar na esquina das r. prudente de moraes e a r. montenegro
apenas a um quarteirão da praia de ipanema

bebiam cerveja e deslumbravam-se com a pele morena dourada das moças que iam para ipanema

helo [heloisa] era uma dessas moças que fazia praia em ipanema
foram as suas constantes passagens em frente ao bar que inspiraram
antônio carlos jobim e vinicius de moraes para a musica garota de ipanema

É ela, menina, que vem e que passa,
Num doce balanço, a caminho do mar.
Moça do corpo dourado,
Do sol de Ipanema,
O seu balançado
É mais que um poema
É a coisa mais linda
Que eu já vi passar

6 Comments:

Blogger Ana Paulo Santos said...

Nem sabes o quanto eu gosto de Tom e Vinicius...

Eles eram génios da música como não há mais.

Estas bossas-novas fazem-me borboletas no estômago! :)

(Se não souberem o que me oferecer de presente nos anos e no Natal, ficam já a saber que vou começar a fazer colecção de tudo o que existe do Tom Jobim. Principalmente, das versões que os outros músicos fazem!)

5:16 PM, January 10, 2006  
Blogger maria salpico * said...

isso era para mim bandida? ;)

7:57 PM, January 10, 2006  
Blogger Marco Lourenço said...

pois eu tb ando deseperadamente atras de vinys de tomjobim e vinicius. só tenho de chico buarque e caetano veloso. tb tenho algumas colectaneas c musicas de moraes e jobim: garota de ipanema, carta ao tom 74, aguas de março, desafinado

8:52 AM, January 11, 2006  
Blogger Ana Paulo Santos said...

Hi, hi, hi... nem pensei nisso!
Mas também!
;)

10:47 PM, January 11, 2006  
Anonymous Anonymous said...

Cultura brasileira é comigo. Como os meus amigos de além mar me dizem:vc é portuguesa.com.br
Por isso te deixo um dos poemas de um grande poeta brasileiro...espero que gostem!nequinha (descubram quem é???)


Viver Não Dói
Carlos Drummond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias,
se ela estivesse interessada
em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-nos do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

9:17 PM, January 20, 2006  
Anonymous Anonymous said...

I love your website. It has a lot of great pictures and is very informative.
»

9:19 AM, August 10, 2006  

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